O crescimento automotivo já é visível enquanto o país ainda se recupera da crise econômica que abalou o poder aquisitivo do brasileiro. Mesmo que se tenha observado aumento percentual na venda de automóveis de um ano para outro, o setor automotivo sentiu como tal abalo financeiro freou o volume de vendas inicialmente previsto.
A realidade atingiu também os veículos semi-novos, os quais se encontram parados nos pátios de varejistas por não encontrarem compradores com a mesma facilidade de antes. O Governo até tentou promover o reaquecimento do comércio de automóveis ao oferecer linhas de crédito acessíveis, contudo o brasileiro já estava pagando o preço das demissões em massa. Todavia, a esperança segue viva para a obtenção de resultados econômicos melhores.
Aparentemente, o jogo está virando e a indústria automobilística parece estar próxima do que pode ser considerado um avanço promissor. Estamos falando de um universo cheio de surpresas e de fatos desconhecidos. Se você tem curiosidade em saber mais a respeito, veja o quanto mais se pode descobrir sobre a possível ascensão do mercado de automóveis. Há uma série de curiosidades sobre esse universo que talvez você não conheça, mas será neste artigo que exploraremos 4 fatos sobre o crescimento automotivo.
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Exportação de veículos no Brasil
Dados apresentados pela ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) apresentam uma informação positivamente interessante: 2017 foi o ano em que o Brasil mais exportou veículos em toda a história dessa indústria. Diante das quase 521 mil unidades que cruzaram as fronteiras do país em 2016, o crescimento observado foi de mais de 46%, sendo que fechamos 2017 com a impressionante marca de 762 mil modelos enviados a outros países. Esse é um dos fatos sobre o crescimento automotivo que mais deixou os especialistas perplexos, pois no ano passado foi batida a marca de 2005, período no qual a exportação de veículos atingiu mais de 724 mil unidades.
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Mercado interno aquecido de novo
Todos vinham observando como os novos veículos deixaram de ocupar nossas ruas já que suas vendas apresentaram queda progressiva desde 2013. Entre os anos de 2014 e 2015, foi registrado um decréscimo de mais de 25% no setor, sendo que praticamente 1 milhão de automóveis deixaram de ser emplacados nesse período. Em 2016 houve apenas 1.986.362 emplacamentos, número muito baixo e relativamente próximo da marca registrada 10 anos antes – em 2006, 1.832.471 veículos receberam placas novas. No entanto, 2017 se mostrou mais receptivo ao crescimento pelo qual todos aguardavam. Bateu-se mais de 2 milhões de emplacamentos e, com um aumento de mais de 9%, o número preciso fornecido pela FENABRAVE (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) chegou a 2.172.235. Esse é um fato sobre o crescimento automotivo que contribui para o pensamento otimista de que a indústria está se reerguendo aos poucos, ainda mais por favorecer potenciais compradores com o oferecimento de câmbio estabilizado, PIB crescente e inflação reduzida. As projeções para 2018 seguem a tendência do crescimento, acreditando-se na estabilização econômica do país para a reconquista da confiança de investidores e consumidores receosos.
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Os queridinhos dos brasileiros
Entre altos e baixos, a indústria automobilística seguiu comercializando os modelos preferidos pelos motoristas brasileiros. Dentre as opções para aquisição disponibilizadas por meio de concessionárias, lojas revendedoras e proprietários (pessoa física), o Onix, da fabricante Chevrolet, conquistou pelo terceiro ano consecutivo o primeiro lugar em volume de vendas. Em 2017, foi registrada a venda de quase 189 mil unidades. Esse cenário era bem diferente há 4 anos, quando o modelo Gol perdeu seu lugar no pódio para o Palio, da Fiat. Em 2014, a alemã Volkswagen vendeu 183.736 unidades do modelo que reinou o setor durante 27 anos, mas perdeu para a Fiat após notar que o Palio a superou com uma diferença de 385 emplacamentos. Esse fato sobre o crescimento automotivo reafirma que, mesmo diante de crises financeiras, o consumidor brasileiro mostra tendência de compra por determinados modelos de veículos. Os critérios de preferência variam, porém levam em consideração fatores como depreciação, compatibilidade com o perfil do motorista, manutenção, espaço interno, rendimento de combustível, entre outros.
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Mudanças nos automóveis para os próximos anos
Para os que acompanham as tendências ligadas a design e composição de modelos de automóveis, este fato sobre o crescimento automotivo é bastante interessante. É previsto que, até o ano de 2020, o câmbio automático componha a estrutura de 60% dos veículos que circulam no Brasil. As montadoras tomaram essa decisão com base na observação das tendências do mercado que vem se reaquecendo e se adaptando às exigências dos consumidores mais antenados. Câmbios automáticos até então eram comuns em carros premiume de luxo e não em modelos econômicos e compactos. Diante dessa nova demanda do público brasileiro, os automóveis que dispensam a troca de marcha e o uso do pedal de embreagem terão oferta reforçada pelos fabricantes que desejam manter participação de mercado.